Alta dos preços ao produtor dos EUA supera expectativas em janeiro

Alta dos preços ao produtor dos EUA supera expectativas em janeiro

Os preços ao produtor dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em janeiro, oferecendo mais evidências de que a inflação está acelerando novamente e fortalecendo as opiniões do mercado financeiro de que o Federal Reserve não cortará a taxa de juros antes da segunda metade do ano.

O índice de preços ao produtor para a demanda final aumentou 0,4% no mês passado, após um avanço revisado para cima de 0,5% em dezembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (13).

Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,3% dos preços ao produtor. Nos 12 meses até janeiro, o índice avançou 3,5%, de 3,3% em dezembro.

O relatório seguiu-se às notícias de quarta-feira de que os preços ao consumidor aceleraram no ritmo mais forte em quase um ano e meio em janeiro, diminuindo as expectativas de que o banco central dos EUA retomaria o corte dos juros em junho.

Os mercados financeiros agora esperam uma redução da taxa em setembro, embora alguns economistas acreditem que a janela para um maior afrouxamento da política monetária tenha se fechado, citando a demanda interna forte e um mercado de trabalho estável.

O chair do Fed, Jerome Powell, disse a parlamentares na quarta-feira que “estamos perto, mas ainda não chegamos lá na inflação”, acrescentando que “queremos manter a política monetária restritiva por enquanto”.

O Fed deixou sua taxa de juros de referência inalterada na faixa de 4,25% a 4,50% em janeiro, depois de reduzi-la em 100 pontos-base desde setembro, quando lançou seu ciclo de afrouxamento monetário.

As políticas fiscais, comerciais e de imigração do presidente Donald Trump são vistas como um estímulo à inflação. Uma tarifa de 25% sobre produtos do Canadá e do México foi suspensa até março, mas uma taxa adicional de 10% sobre os produtos chineses entrou em vigor este mês.



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