O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, disse na sexta-feira (11) que a guerra comercial global está contribuindo para um ambiente econômico incerto que o maior banco do mundo continuará a enfrentar no futuro próximo.
“A economia está enfrentando turbulências consideráveis (incluindo geopolíticas), com os potenciais aspectos positivos da reforma tributária e da desregulamentação e os potenciais aspectos negativos das tarifas e ‘guerras comerciais’”, disse Dimon.
Apesar do aumento da receita dos mercados e dos negócios de banco de investimento do JPMorgan, Dimon disse que a turbulência recente ameaça essas unidades importantes.
“Os clientes ficaram mais cautelosos em meio ao aumento da volatilidade do mercado impulsionada por tensões geopolíticas e comerciais”, acrescentou Dimon.
Dimon observou que a inflação permanece “esticada”, já que certos setores da economia, especialmente o setor imobiliário, não se recuperaram dos alarmantes aumentos de preços dos últimos anos.
Apesar de o Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA ter anunciado a menor taxa de inflação anual em seis meses, os economistas estão profundamente preocupados com o aumento da inflação após as enormes tarifas impostas pelo presidente Donald Trump nos últimos meses.
Além do comércio e das tarifas, Dimon alertou que altos déficits fiscais e volatilidade também representam ameaças à economia global.
“Como sempre, esperamos o melhor, mas preparamos a empresa para uma ampla gama de cenários”, disse ele.
JPMorgan tem lucro acima do esperado
O JPMorgan divulgou lucros trimestrais de US$ 14,6 bilhões na sexta-feira, superando as estimativas de Wall Street.
O JPMorgan deu início à temporada de resultados, que os analistas de mercado acompanharão de perto em busca de sinais de estresse, à medida que o regime tarifário de Trump entra em vigor a todo vapor.
O preço das ações do JPMorgan subiu 3,4% nas negociações de pré-mercado.
Tarifas “recíprocas” de Trump não são o que parecem; entenda
Link original