O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, embarcou nesta sexta-feira (9) para a China com a missão de tentar concluir um acordo para reduzir a burocracia na aprovação de importação de produtos biotecnológicos, como sementes geneticamente modificadas e alimentos com edição gênica.
Fávaro integra a comitiva do governo brasileiro liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que visita Pequim entre os dias 12 e 13.
A negociação para destravar os trâmites regulatórios já se arrasta há meses. Em abril, representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) se reuniram com integrantes do GACC, o departamento alfandegário chinês responsável pelas regras de importação.
A proposta discutida pelas autoridades é sincronizar alguns processos regulatórios.
“Alguém começa a desenvolver um protocolo para registrar um produto e isso demora tempo. No Brasil é muito rápido. Fica pronto, e, quando registra, eu preciso abrir o mercado para esse produto. Eles começam a registrar do outro lado do mundo e o processo demora por lá. O produto fica aqui na prateleira e não pode ser comercializado”, explicou Fávaro em abril.
Com o termo de cooperação discutido, os dois países poderiam compartilhar informações técnicas e testes já realizados, o que agilizaria as análises dos órgãos chineses.
Por exemplo, se já houver verificação no Brasil de que o produto não causa danos ao meio ambiente, esse resultado poderia ser considerado pelas autoridades chinesas, encurtando prazos.
O ministro também destaca que o sincronismo na aprovação de biotecnologias traria ganhos não apenas comerciais, mas também tecnológicos para o Brasil.
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