Fábrica da BYD na Bahia estará em funcionamento em 2025, diz montadora

Fábrica da BYD na Bahia estará em funcionamento em 2025, diz montadora

A fábrica da BYD em Camaçari, na Bahia, estará em funcionamento já neste ano, afirmou nesta segunda-feira (12) a montadora chinesa de veículos elétricos à CNN.

A BYD informou que serão investidos R$ 5,5 bilhões para a operacionalização da fábrica, que terá capacidade inicial para entregar até 150 mil veículos por ano.

“A estimativa é que sejam criados 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos ao longo do projeto, consolidando a planta baiana como o maior polo industrial da BYD fora da China”, diz a montadora.

Mais cedo, o secretário estadual do Trabalho da Bahia, Augusto Vasconcelos, afirmou que a fábrica estaria “em pleno funcionamento” até o fim de 2026. Também disse que seriam 10 mil postos de trabalho criados a partir do projeto — metade do que declara a BYD.

O investimento da BYD no Brasil visa transformar uma antiga fábrica da Ford em um complexo de manufatura com capacidade para produzir os veículos elétricos. O projeto foi atingido em dezembro de 2024 por acusações de trabalho escravo no canteiro de obras da instalação.

A aposta da empresa chinesa no Brasil inclui a aquisição de direitos de mineração em áreas ricas em lítio, um mineral comumente usado para produção de baterias.

Para montar os veículos a partir dos kits importados da China, em regime de SKD, a BYD deve contratar cerca de 1.000 trabalhadores no Brasil neste ano, disse Julio Bonfim, chefe do sindicato dos metalúrgicos de Camaçari, à Reuters. O número é muito aquém dos 10.000 que a empresa prometeu inicialmente.

Apesar do atraso, Bonfim disse que o novo cronograma é uma boa notícia e que, no próximo ano, ele espera que as contratações aumentem à medida que a empresa se prepara para construir veículos inteiramente no país.

A indústria automotiva local, por meio da entidade Anfavea, tem criticado a produção de veículos no Brasil a partir dos chamados kits SKD ou CKD, em que partes dos veículos são produzidas no exterior e apenas a montagem dessas peças é executada no Brasil.

Em abril, o então presidente da Anfavea, Marcio de Lima Leite, afirmou que se a produção em regime CKD ou SKD aumentar no Brasil “vai ter impacto em empregos e investimentos” do setor.

*Com informações da Reuters

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