Três diferentes grupos arremataram lotes no leilão pela concessão de manejo da Floresta Nacional do Jatuarana, localizada no município de Apuí, no sul do Amazonas. O certame foi realizado nesta quarta-feira (20) na sede da B3, em São Paulo, com presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
O projeto envolve a concessão, por 37 anos, de 453 mil hectares de floresta — área equivalente a três cidades de São Paulo. A estimativa é de que toda a floresta pode gerar arrecadação anual de R$ 32,6 milhões a partir do manejo sustentável, com extração de recursos naturais e oferta de turismo.
Nesta modalidade, em troca da exploração sustentável, as empresas se comprometem a manter a floresta de pé, combatendo atividades ilegais como a grilagem de terras, o garimpo ilegal, o desmatamento e os incêndios florestais. Além disso, as concessionárias repassam periodicamente valores ao governo.
O primeiro lote da floresta (176 mil hectares) foi arrematado pela OC Prime Comércio e Industrialização de Madeiras; o segundo e maior (194 mil hectares), pela E. Duarte da Silva Ltda; o terceiro (39 hectares) e o quarto (43 hectares), pela Brasil Tropical Pisos Ltda.
As vitórias das proponentes foram definidas por critério que combina pontuação técnica — com base nas propostas ambientais e sociais apresentadas — e oferta financeira, considerando o valor por metro cúbico de madeira em tora e o valor fixo da outorga.
O manejo no âmbito da concessão não atribui ao parceiro privado direito sobre a titularidade da floresta. Os contratos permitem a exploração limitada dos recursos, mas os patrimônios continuam sendo da União, com fiscalização da concessão pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB).
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