A França precisa fazer um novo e sustentado esforço para controlar seu déficit orçamentário e colocar sua dívida sob controle, disse o Fundo Monetário Internacional nesta quinta-feira (22), em uma análise anual da economia francesa.
O governo francês está lutando para colocar suas finanças públicas novamente sob controle depois que os gastos aumentaram no ano passado e a receita tributária ficou aquém das expectativas, uma vez que a eleição legislativa resultou em um Parlamento profundamente dividido.
O FMI disse que espera que o governo cumpra sua meta de déficit orçamentário do setor público para 2025 de 5,4% da produção econômica, mas alertou que, sem medidas adicionais, o déficit permanecerá em torno de 6% no médio prazo e a dívida continuará aumentando.
O FMI disse que a França precisa de um “pacote de medidas crível e bem elaborado”, com foco na racionalização dos gastos e, ao mesmo tempo, em um melhor direcionamento dos benefícios sociais para aqueles que mais precisam deles.
O FMI acrescentou que a França precisaria de um aperto orçamentário equivalente a 1,1% do PIB em 2026, seguido por uma média de cerca de 0,9% do PIB por ano no médio prazo, o que, segundo ele, está amplamente em linha com os planos do atual governo.
“Manter os gastos públicos sob controle é fundamental para o nosso futuro. É nossa prioridade e nossa bússola para construir o orçamento de 2026”, disse o Ministro das Finanças, Eric Lombard, em uma declaração à Reuters.
O governo minoritário do primeiro-ministro centrista François Bayrou está tentando chegar a 40 bilhões de euros em economias orçamentárias para reduzir seu déficit fiscal para 4,6% da produção econômica no próximo ano, mas muitas das medidas apresentadas encontraram pouco apoio político.
Sem maioria no Parlamento, o governo de Bayrou depende da boa vontade dos parlamentares socialistas para aprovar a legislação orçamentária – e sobreviver a quaisquer moções de desconfiança apresentadas por rivais da extrema esquerda e da extrema direita.
O FMI previu que a segunda maior economia da zona do euro crescerá 0,6% este ano e 1,0% em 2026, um pouco menos do que as estimativas do governo de 0,7% este ano e 1,2% em 2026.
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