O mês de abril foi marcado pelo recrudescimento da política de tarifas de Donald Trump — sobretudo contra a China, refletindo no aumento da volatilidade nos mercados e incertezas nos investidores.
Apesar desse cenário adverso, somente uma categoria de investimento em uma lista de 13 obteve retorno negativo no período, mostra pesquisa da consultoria Elos Ayta.
O dólar Ptax, taxa de referência para contratos denominados em real em bolsas de mercadorias no exterior, perdeu 1,42% em abril. Nesta sexta-feira (30), a cotação encerrou em R$ 5,660 na venda.
Segundo Einar Rivero, CEO da consultoria, o desempenho negativo é resultado de desvalorização cambial global da moeda americana e fluxo comprador para o real.
O bitcoin liderou a ponta de cima, com valorização de quase 13,2% em abril, seguindo por Small Caps (8,47%) e ouro (4,96%) — tradicionalmente um porto-seguro dos investidores em momentos de grandes incertezas.
O Ibovespa — referência do mercado brasileiro — teve desempenho positivo, avançando 3,69%. Para Rivero, resultado foi beneficiado pela perspectiva de maior fluxo para mercados emergentes em meio à reprecificação dos riscos globais.
Ouro lidera ano
Na prévia de 2025, porém, o ouro lidera com folga, com valorização de 25,2%. O cenário reforça a falta de clareza com os rumos da economia global em meio ao retorno de Donald Trump à Casa Branca.
O pódio também conta com Small Caps (18,1%) e Ibovespa (12,19%);
No fechamento de 30 de abril, o índice principal da B3 atingiu 135.066,97 pontos, ficando a apenas 1,66% do topo.
Na parte de baixo, a lanterna ficou com BDRX — índice da B3 com certificados de ações de companhias estrangeiras —, que perdeu 15,51% entre janeiro e abril.
O resultado reforça o clima negativo para ações em Wall Street, com as bolsas de Nova York entre as maiores quedas acumuladas desde o início do segundo mandato de Trump.
Dólar Ptax e bitcoin completam os maiores retornos negativo, com 8,58% e 8,29%, respectivamente.
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