A semana promete ser crucial para o cenário econômico brasileiro, com a divulgação de importantes indicadores e documentos que podem influenciar as expectativas sobre a taxa Selic e o rumo da política monetária do país.
A ata do Copom, prevista para terça-feira (25), é aguardada com grande expectativa pelo mercado. O documento deve detalhar a visão do Banco Central sobre a desaceleração da economia e os efeitos dos aumentos acumulados da Selic.
Dependendo do tom adotado na ata, as projeções para a taxa de juros terminal podem ser revisadas, atualmente estimadas em torno de 15% ao ano.
Dados econômicos e balanços
Além da ata, a semana será marcada pela divulgação de importantes indicadores econômicos. Na quinta-feira, serão divulgados o IPCA-15 de março e o relatório de política monetária. Já na sexta-feira, será a vez do PIB dos Estados Unidos e da taxa de desemprego no Brasil medida pelo IBGE.
A temporada de balanços do quarto trimestre também entra em sua reta final, com a divulgação de resultados de empresas como JBS, CVC, Equatorial e Gol ao longo da semana.
Preocupações fiscais e medidas do governo
O mercado permanece atento às questões fiscais e às medidas do governo para recuperar a popularidade. Novas linhas de crédito e ampliação de programas habitacionais estão sendo planejadas, o que pode impactar as contas públicas.
Estimativas do mercado indicam que, em vez do superávit de R$ 15 bilhões previsto pelo governo, o país pode fechar o ano com um déficit primário em torno de R$ 70 bilhões.
As previsões otimistas do governo para a arrecadação de impostos e as incertezas em torno da reforma do imposto de renda também são pontos de preocupação.
Cenário internacional e tensões comerciais
No âmbito internacional, as atenções se voltam para a contagem regressiva das medidas tarifárias de Donald Trump, previstas para entrar em vigor em 2 de abril. Rumores indicam que as novas taxas podem não ser tão amplas quanto se esperava inicialmente.
A possibilidade de um entendimento entre China e Estados Unidos também está no radar, com o primeiro-ministro chinês defendendo o diálogo entre as duas potências.
Ao longo da semana, discursos de dirigentes do Federal Reserve e a divulgação de indicadores econômicos nos Estados Unidos, como o PMI e o PCE, também devem influenciar os mercados globais.
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