O mercado financeiro brasileiro se prepara para um feriado prolongado de quatro dias, com fechamento na sexta-feira e na segunda-feira. Esse cenário exige cautela redobrada dos investidores, especialmente porque Wall Street permanecerá aberto na segunda-feira.
As tensões comerciais entre Estados Unidos e China continuam sem sinais de alívio.
A agenda internacional destaca a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), com expectativa de redução da taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para 2,25% ao ano.
Declarações do Fed e reação do mercado
Jerome Powell, em entrevista, afirmou que o Federal Reserve (Fed) aguardará maior clareza antes de tomar novas decisões sobre taxas de juros.
Essa postura frustrou as expectativas de ação rápida para acalmar os investidores, resultando em queda nas ações e busca por ativos seguros como Treasuries, ouro e franco suíço.
Donald Trump criticou Powell em suas redes sociais, acusando-o de estar “sempre atrasado e errado” em relação às taxas de juros americanas. Trump também mencionou a queda nos preços do petróleo e até dos ovos, pressionando por uma redução nas taxas.
Escalada nas tensões EUA-China
O governo chinês exigiu respeito nas negociações comerciais, reagindo a comentários depreciativos de autoridades americanas.
Pequim também cobrou a indicação de um representante oficial da Casa Branca para as negociações e um compromisso de não implementar novas políticas que suprimam a modernização da China.
Além disso, há a possibilidade de Trump retirar ações de grandes empresas chinesas, como Alibaba e Baidu, das bolsas americanas. O Goldman Sachs descreveu esse cenário como “extremo”, estimando uma liquidação de cerca de 800 bilhões de dólares em ações.
Polêmica sobre tarifa social de energia no Brasil
No cenário doméstico, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou uma proposta de reforma das regras do setor elétrico, incluindo uma nova tarifa social.
A medida garantiria gratuidade no consumo de até 80 kWh/mês para a população de baixa renda, beneficiando potencialmente 17 milhões de famílias.
O custo estimado da medida é de R$ 3,6 bilhões por ano, que seria repassado aos demais consumidores com um aumento médio de 0,9% na tarifa de luz.
O ministro defende que a proposta seja enviada ao Congresso como medida provisória para aplicação imediata.
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