O mercado financeiro global está atento nesta quarta-feira (12) a dois importantes indicadores econômicos: o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos e os dados do setor de serviços no Brasil. Ambos têm potencial para influenciar as decisões de política monetária em seus respectivos países.
Nos Estados Unidos, a expectativa é que o CPI, a ser divulgado às 10h30 (horário de Brasília), mostre uma desaceleração da inflação de 0,4% em dezembro para 0,3% em janeiro.
Na comparação anual, a previsão é de uma alta de 2,9%, ainda acima da meta de 2% do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
O presidente da instituição, Jerome Powell, em depoimento ao Senado americano, afirmou que o banco central não tem pressa para retomar os cortes de juros, mantendo uma política monetária restritiva.
Powell destacou que as expectativas de inflação nos EUA continuam bem ancoradas, mas a economia e o emprego permanecem fortes.
O mercado reforçou a percepção de que o cenário mais provável é de apenas um corte de 0,25% nos juros ao longo de 2025. Outros dirigentes do Fed, como Patrick T. Harker e John Williams, também defenderam uma abordagem paciente da política monetária.
Serviços no Brasil
No Brasil, a atenção se volta para os dados do setor de serviços, que registrou um resultado abaixo das expectativas. Em dezembro, o volume do setor de serviços do Brasil caiu 0,5% em relação ao mês anterior.
No acumulado de 2024, o setor fechou com alta de 3,1%, quarto ano seguido de crescimento.
O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, fará uma palestra sobre política monetária às 10h no Rio de Janeiro, podendo comentar sobre o IPCA divulgado ontem, que veio em linha com as expectativas do mercado.
Esses indicadores econômicos serão fundamentais para as próximas decisões de política monetária tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, influenciando as perspectivas de juros e crescimento econômico para os próximos meses.
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