O governo federal divulgou um documento detalhando os ajustes no orçamento de 2025 para acomodar novas despesas, incluindo o Vale Gás e o programa Pé-de-Meia. A medida trouxe à tona discussões sobre a gestão fiscal do país.
Uma surpresa positiva foi a decisão de cortar recursos do Bolsa Família. No entanto, após análise dos ajustes propostos, especialistas consideram que as mudanças ainda não serão suficientes para equilibrar completamente o orçamento deste ano.
O Ministério do Planejamento solicitou ao relator do orçamento, senador Ângelo Coronel, o remanejamento de R$ 39,6 bilhões na peça orçamentária.
O plano inclui um corte de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família, resultado de um pente-fino realizado no ano passado como parte de um pacote de contenção de despesas.
Aumento de gastos previdenciários
Por outro lado, o governo ampliou os gastos com benefícios previdenciários em R$ 8 bilhões, anulando na prática a economia que seria feita com o Bolsa Família.
Analistas apontam que a despesa extra com a previdência pode estar subestimada, podendo chegar a R$ 20 bilhões.
Além disso, o governo incluirá uma despesa adicional de R$ 3 bilhões para o Vale Gás. Quanto ao programa Pé-de-Meia, estimado em R$ 10 bilhões, o governo solicitou que os recursos sejam acrescentados ao longo do ano por meio de projetos de lei após a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA).
A votação da lei do orçamento está prevista para ocorrer na Comissão Mista de Orçamento (CMO) na próxima terça-feira, seguindo para o Plenário do Congresso na quarta-feira.
O cenário atual demonstra a complexidade em equilibrar as diversas demandas orçamentárias, evidenciando o desafio fiscal enfrentado pelo governo.
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