Bitcoin recua para abaixo de US$ 80 mil com aversão ao risco

Bitcoin recua para abaixo de US$ 80 mil com aversão ao risco

O bitcoin opera em queda nesta segunda-feira (7) ainda refletindo o clima de aversão ao risco nos mercados globais, alimentado pela escalada da guerra comercial. A criptomoeda chegou a renovar ontem o menor patamar desde novembro de 2024, ao cair abaixo de US$ 75 mil, mas reduziu parte das perdas e voltou a se aproximar do nível de US$ 80 mil.

Por volta das 16h17 (horário de Brasília), o bitcoin recuava 1,04%, cotado a US$ 78.383,07. O Ethereum caía 4,67%, a US$ 1.551,92, segundo dados da Binance. As altcoins igualmente seguiam pressionadas como o XRP, token da Ripple Labs, enquanto Solana, Cardano e Dogecoin também acumulavam perdas nas últimas 24 horas.

A tensão comercial continua no radar. Mesmo com a reação negativa dos mercados, Donald Trump manteve a defesa de sua política tarifária e ameaçou impor novas tarifas de 50% à China, caso as retaliações não sejam suspensas até amanhã.

Analistas do Deutsche Bank veem poucos sinais de recuo por parte dos EUA, o que aponta para mais turbulência. Em resposta às medidas americanas sobre o aço, há relatos de que a Comissão Europeia propôs tarifas de retaliação de 25% sobre produtos dos EUA, intensificando a disputa comercial global.

Ainda assim, a 22V Research avalia que, mesmo em meio ao caos nos mercados tradicionais, o bitcoin tem se mostrado um “vencedor relativo”. “A nova economia será baseada em pagamentos digitais, e o caráter fora do sistema do bitcoin – livre de tarifas e conflitos geopolíticos – o torna um ativo atrativo”, escreveram os analistas.

Em entrevista recente ao jornalista Tucker Carlson, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que o bitcoin está se tornando uma “reserva de valor”.

Entre as empresas mais expostas ao mercado de criptoativos, a MicroStrategy informou nesta segunda-feira que espera prejuízo no primeiro trimestre, com perdas não realizadas de US$ 5,91 bilhões em seus ativos digitais no período encerrado em 31 de março. Mesmo com um benefício fiscal de US$ 1,69 bilhão, a companhia projeta um resultado líquido negativo para o trimestre.

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