O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, defendeu em entrevista ao CNN Money a necessidade de uma reforma administrativa no país, com foco especial no funcionalismo público.
“O nosso Estado é lento, burocrático e caro”, enfatizou.
Ele argumenta que não basta somente combater os supersalários, mas é necessário abordar várias pautas, incluindo a produtividade nos serviços públicos.
O presidente da Fiemg criticou a atual estrutura do serviço público, afirmando que “a remuneração igual para todos não incentiva a meritocracia”.
Ele defende que servidores produtivos devem ser bem remunerados, enquanto aqueles com desempenho insatisfatório não deveriam permanecer no serviço público.
Roscoe propôs o fim da estabilidade para a maioria dos servidores públicos, estimando que “mais de 85% dos funcionários públicos não deveriam ter estabilidade”.
Ele argumenta que apenas algumas carreiras de Estado, como juízes e delegados de polícia, deveriam manter esse benefício.
O empresário também destacou a insatisfação dos cidadãos com os serviços públicos oferecidos, afirmando que o Brasil tem “custo da máquina estatal semelhante aos países de primeiro mundo com serviços públicos de países de terceiro mundo”.
Para Roscoe, a reforma administrativa deve implementar meritocracia, aumento de produtividade e melhoria na qualidade dos serviços públicos.
Ao CNN Money, ele criticou benefícios como o quinquênio, que concede progressão salarial automática independentemente do desempenho do servidor.
O presidente da Fiemg conclui que é necessário “discutir com a sociedade o tamanho do Estado” e as missões que serão atribuídas a ele, visando um serviço público mais eficiente e voltado para o interesse do cidadão.
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