China promete apoiar empresas e trabalhadores afetados por tarifas

China promete apoiar empresas e trabalhadores afetados por tarifas

As autoridades da China se comprometeram a apoiar as empresas e os trabalhadores mais afetados pelo impacto das tarifas de três dígitos dos Estados Unidos e pediram que o país se prepare para os piores cenários, informou a mídia estatal nesta sexta-feira (25).

O Politburo reiterou os planos de acelerar a emissão de dívidas, afrouxar a política monetária e prometeu apoiar os empregadores para proteger os empregos enquanto a China se envolve em uma guerra comercial com os Estados Unidos.

Não houve anúncio de gastos adicionais com déficit além do que foi aprovado em março.

“Parece que Pequim não está com pressa de lançar um grande estímulo nesta fase. É preciso tempo para monitorar e avaliar o momento e o tamanho do choque comercial”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.

A matéria da mídia estatal Xinhua sobre a reunião desta sexta-feira do Politburo disse que o conjunto de ferramentas deve ser continuamente aperfeiçoado para estabilizar o emprego e a economia, com novas medidas introduzidas em tempo hábil, conforme a evolução das circunstâncias.

A reunião também pediu um planejamento abrangente para os “piores cenários” e medidas concretas para reforçar a economia, disse a Xinhua.

O país aumentará a proporção dos fundos de seguro-desemprego que podem ser devolvidos às empresas muito afetadas pelas tarifas, em uma tentativa de estabilizar os empregos, de acordo com a matéria.

“Várias medidas devem ser tomadas para ajudar as empresas em dificuldades. (Devemos) fortalecer o apoio financeiro e acelerar a integração das vendas domésticas e do comércio exterior”, informou a Xinhua.

“A reunião do Politburo enfatizou o pensamento ‘básica’ e os planos adequados, mostrando que uma nova rodada de estímulos pode ser menor do que o esperado… a importância dada à estabilização dos empregos é maior do que a estabilização econômica”, disse Xing Zhaopeng, estrategista sênior da China no ANZ.

O país também reduzirá as taxas de juros e de compulsório “de forma oportuna” e desenvolverá o consumo no setor de serviços, de acordo com a Xinhua.

As reuniões do Politburo geralmente definem o tom das políticas em vez de revelar planos de implementação detalhados.

A economia da China cresceu 5,4% no primeiro trimestre, superando as expectativas, mas os mercados temem uma forte desaceleração no ano, já que as tarifas dos EUA representam o maior risco para a segunda maior economia do mundo em décadas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, adotaram um tom mais conciliatório nesta semana, dizendo que as tarifas são insustentáveis e sinalizando abertura para diminuir a tensão da guerra comercial.

Pequim pediu a Washington que removesse as tarifas para criar espaço para conversações e, ao mesmo tempo, concedeu algumas isenções às importações dos EUA de suas contra-tarifas de 125%.

Internamente, o governo prometeu apoiar os exportadores que tentarem transferir suas vendas para o mercado doméstico, no que os analistas consideram uma mensagem política, em vez de uma medida econômica, criada para projetar o orgulho nacional para o público doméstico e mostrar desafio ao governo dos EUA.

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