Um navio cargueiro com 900 veículos da GWM chegou ao porto de Vitória nesta semana depois de ter saído de Xangai em meados de março, confirmou a montadora chinesa nesta quarta-feira (16).
Imagens da Reuters mostram o pátio do porto com filas de veículos utilitários esportivos. Segundo a montadora, os modelos são da linha Haval H6, uma das mais vendidas da marca no país.
O navio também trouxe o utilitário offroad híbrido Tank 300, lançado no início do mês no Brasil, disse a GWM.
A montadora esclareceu que o cargueiro de bandeira norueguesa que saiu de Xangai em 18 de março é do tipo Ro-Ro, comumente usado no transporte de veículos e equipamentos como maquinário agrícola e de mineração, e que o navio não é de uso exclusivo da GWM, sendo compartilhado por outras empresas.
A GWM registrou vendas de 5.767 unidades do Haval H6 no Brasil no primeiro trimestre, na frente de modelos mais tradicionais do segmento, como o Renault Duster, segundo dados da associação de concessionários Fenabrave.
A montadora mantém planos de abertura de sua fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo, em meados deste ano, segundo o diretor de assuntos institucionais da GWM Brasil, Ricardo Bastos.
A unidade, comprada da Mercedes-Benz em 2021, está “na reta final de preparação”, afirmou.
Quando a fábrica ficar pronta, a GWM vai produzir o Haval H6 e, numa segunda etapa, uma picape, de acordo com o executivo.
As turbulências tarifárias criadas pela guerra comercial iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, não alterou o projeto, disse Bastos, em resposta a perguntas da Reuters.
“O governo brasileiro está lidando muito bem com essa situação. Entendemos que a direção adotada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (também ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) mostra que o Brasil está respeitando as regras já definidas”, disse o executivo, se referindo ao aumento gradual do imposto de importação pelo governo federal no segmento de híbridos e elétricos a partir do início do ano passado.
A indústria automotiva nacional tem cobrado do governo federal a antecipação do aumento do imposto a 35%, o que atualmente está previsto para ocorrer apenas em meados do ano que vem.
Link original