Consumo nos lares cresce 2,5% no tri, aponta associação de mercados

Consumo nos lares cresce 2,5% no 1º tri, aponta associação de mercados

O consumo nos lares brasileiros aumentou 2,48% no 1º trimestre deste ano ante o mesmo período de 2024, mostram dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). 

O resultado foi impulsionado pela alta de 6,96% de março ante fevereiro.

A melhora do cenário reflete avanço no no mercado de trabalho e redução dos preços de itens básicos, disse a entidade. 

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feia (30), mostram que a taxa de desemprego no Brasil subiu a 7% no 1º trimestre — em período igual em 2024, o valor era de 7,9%.

Estímulos dados pelo governo federal também foram apontados como bases do crescimento. 

Os três primeiros meses do ano foram marcados pela liberação de R$ 12 bilhões via saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mais a distribuição dos valores do programa Pé-de-Meia.

O resultado, segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, é expressivo, especialmente porque não reflete o efeito sazonal da Páscoa, celebrada em abril. 

“A partir de março, o comportamento do consumo passou a se diferenciar do padrão observado no bimestre anterior, quando a renda esteve mais comprometida com despesas típicas de início de ano”, diz. 

Para Milan, o desempenho sinaliza uma retomada do consumo das famílias, sustentada pela continuidade da recuperação do emprego e pela menor pressão sobre os preços da carne bovina e itens básicos. 

Os preços da carne bovina recuaram no primeiro trimestre de 2025. O corte traseiro (que engloba cortes populares como alcatra, picanha e coxão), acumulou queda de 1,86% no período, com retração em março de 3,40%. 

O corte dianteiro (que representa cortes como paleta, acém, o peito), registrou baixa de 1,28%, sendo o principal recuo em janeiro (1,45%). 

O movimento, segundo a Abras, ocorre após a sequência de altas no último trimestre de 2024, que levou os cortes do dianteiro e traseiro a subirem 25,25% e 20,05% no ano, respectivamente. 

Além da carne bovina, outros itens básicos da cesta registraram deflação no trimestre: óleo de soja (4,77%); feijão com redução de 3,93% e queda de 3,91% no arroz. 

A batata foi o item de hortifrutigranjeiro que acumulou maior retração: 14,77%. Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo — 15 (IPCA-15), revelou que a alta de 1,14% em alimentos e bebidas representou aumento de 0,25 ponto no percentual de alta de 0,43% da prévia da inflação. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os itens que puxaram o IPCA-15 foram tomates (32,67%), café moído (6,73%) e leite longa vida (2,44%). 

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