A B3 realizou nesta quarta-feira (29), em São Paulo, leilão de 3 áreas no Porto de Paranaguá (PR) e uma área no Porto de Rio de Janeiro. A oferta dos ativos do porto paranaense, um dos maiores de movimentação de graneis da América Latina junto ao Porto de Santos, gerou forte interesse das empresas de logística e infraestrutura. Após disputa de mais de 2 horas, os blocos foram arrematados por R$ 855 milhões no total.
Ao todo, são previstos mais de R$ 2 bilhões em investimentos nas áreas arrematadas no Porto de Paranaguá ao longo de 35 anos de contrato. Já na área do Porto do Rio de Janeiro, a previsão é de R$ 6,8 milhões investidos ao longo de 10 anos.
O leilão foi marcado por disputa intensa entre os ativos ofertados no porto paranaense. Duas das três áreas, PAR14 e PAR25, tiveram cinco propostas, enquanto PAR15 teve seis empresas interessadas.
O ministro dos Portos Aeroportos, Sílvio Costa Filho, e o governador do Paraná, Ratinho Jr, estiveram presentes no certame, bem como autoridades portuárias e deputados federais e estaduais.
No Porto de Paranaguá, a área PAR14 tem a maior previsão de investimentos ao longo do contrato, sendo dedicada à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais, como farelo de soja, soja e milho.
A previsão é de R$ 1,187 bilhão investidos ao longo de 35 anos. Foi arrematada por R$ 225 milhões pela BTG Pactual Commodities Sertrading S.A, depois de disputa intensa na etapa de ofertas pelo viva-voz com a ICTSI Américas.
Já o PAR15, que tem como foco o transporte e a armazenagem de granéis sólidos vegetais, foi alvo do embate de valores mais altos.
Com capacidade para movimentar 4 milhões de toneladas por ano, o terminal receberá aporte de R$ 656,85 milhões durante os 35 anos de contrato. Foi arrematado pela Cargill Brasil, pelo valor de outorga de R$ 411 milhões, também depois de longa disputa, contra a
Por sua vez, o PAR25, que também vai movimentar e armazenar granéis sólidos vegetais, tem previsão de investimentos diretos de R$ 216,98 milhões ao longo de 35 anos. Foi arrematado pelo Consórcio ALDC por R$ 219 milhões, após disputa intensa na fase de ofertas por viva-voz contra a ICTSI Américas.
A área portuária no Rio ofertada, o RDJ11, é destinada à movimentação e armazenagem de granéis sólidos e carga geral no Rio de Janeiro. O ativo teve apenas um proponente, o Consórcio Porto do Rio de Janeiro, que arrematou a área por R$ 2,1 milhões.
Link original