O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, nesta sexta-feira (4), que reduza as taxas de juros — uma exigência que o presidente fez várias vezes ao líder do banco central escolhido a dedo e com o qual teve um desentendimento.
Powell disse na sexta-feira que o Fed não tem pressa em tomar qualquer medida, apesar do aumento histórico das tarifas de Trump.
“Nossos macroeconomistas estão trabalhando duro para digerir as notícias desta semana e tentar filtrá-las na previsão que farão, e os formuladores de políticas estão fazendo praticamente a mesma coisa”, disse Powell em uma conferência na sexta-feira. “No entanto, eu diria que parece que não precisamos ter pressa”.
Powell reconheceu que a inflação está subindo e que o crescimento econômico está desacelerando. Mas ainda não está claro quais medidas políticas o Fed precisará tomar em resposta — se é que precisará tomar alguma. A próxima reunião do Fed será realizada na primeira semana de maio.
“Para mim, não está claro neste momento qual será o caminho apropriado para a política monetária, e precisaremos esperar para ver como isso vai se desenrolar”, disse ele.
Powell diz não estar vendo estagflação
Além do risco crescente de uma recessão, muitos economistas veem uma chance maior de a economia dos Estados Unidos passar por uma estagflação, uma situação em que o crescimento econômico diminui significativamente ao mesmo tempo em que a inflação aumenta.
Esse risco tem aumentado devido às tarifas do Presidente Donald Trump, que muitos economistas previram que poderiam causar o aumento dos preços ao consumidor e levar à perda de empregos. A Tax Foundation previu que a família americana típica pagará, em média, US$ 2.100 a mais por ano por produtos se o último pacote de tarifas de Trump entrar em vigor.
Por enquanto, a economia dos EUA está longe de sofrer estagflação, disse o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na sexta-feira. “Essa não é a situação em que realmente nos encontramos hoje”.
Mas ele disse que, “na margem”, há um risco de inflação e desemprego mais altos, mas isso não significa necessariamente que haja um risco de estagflação.
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