EWZ, referência do Ibovespa em NY, cai após tarifas de Trump

EWZ, referência do Ibovespa em NY, cai após tarifas de Trump

Em mais um dia de mercados fechados no Brasil pelo feriado de Carnaval nesta terça-feira (4), investidores acompanham o desempenho de ativos domésticos negociados em Nova York.

O EWZ — principais fundo de índice (ETF) do Ibovesva em Wall Street — opera em queda, acompanhando o mau humor global após os Estados Unidos iniciarem tarifas de 25% para importações do México e Canadá, além de taxas extras de 10% para produtos chineses, totalizando 20%.

Por volta das 15h, o indicador recuava mais de 1%. Mais cedo, a queda foi ainda pior, ao redor de 2%.

 

 

As principais ADRs — recibos de ações brasileiras negociados nos EUA — operam no vermelho. Petrobras perdia 1,15%, enquanto Vale operava próximo da estabilidade.

Já no setor de bancos, Bradesco e Itaú Unibanco cediam 1% e 0,95%, respectivamente.

Embraer, que na véspera foi destaque positivo acompanhando o impulso das indústrias de defesa e aeroespacial com expectativas de maiores gastos nesses setores pela Europa, recuava 0,73%.

Tarifas de Trump

As tarifas gerais de 25% impostas pelo governo Donald Trump sobre o México e o Canadá entraram em vigor nesta terça-feira.

O presidente dos Estados Unidos também dobrou a tarifa sobre todas as importações chinesas de 10% para 20%. Essas taxas se somam às tarifas existentes sobre centenas de bilhões em produtos chineses.

Os únicos produtos que não enfrentarão uma tarifa de 25% do Canadá são itens relacionados à energia, como petróleo bruto, um dos principais produtos que os EUA importam de lá. Em vez disso, eles enfrentarão uma tarifa de 10%.

Oficialmente, o governo dos EUA declara que as medidas tarifárias sobre os vizinhos se tornou necessárias em razão da entrada de drogas vindas desses países.

Respostas e retaliações

Os países impactados já se manifestaram sobre a decisão dos EUA.

A China anunciou tarifas retaliatórias sobre alguns produtos americanos na madrugada desta terça-feira, minutos após as medidas tarifárias de Trump entrarem em vigor.

“Tarifas de 15% serão impostas sobre frango, trigo, milho e algodão”, comunicou a Comissão Tarifária do Conselho de Estado da China.

O órgão informou ainda a imposição de uma tarifa de 10% sobre “sorgo, soja, carne de porco, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios”.

Além disso, o país asiático colocou vinte e cinco empresas dos EUA sob restrições de exportação e investimento.

O Canadá também adotou medidas tarifárias regulatórias em resposta à taxação dos EUA sobre as exportações do país. O primeiro-ministro Justin Trudeau disse em uma declaração na noite de segunda-feira (3) que as medidas entrariam em vigor às 00h01 (horário local) desta terça.

A resposta deve vir em tarifas de 25% sobre U$ 20,8 bilhões em produtos importados dos EUA. Os impostos permanecerão em vigor até que os EUA eliminem suas taxas contra o Canadá. As contramedidas não se aplicam a mercadorias já em trânsito.

O montante de U$ 20,8 bilhões é apenas parte de uma medida retaliatória mais ampla que visa U$ 105 bilhões em importações de mercadorias dos EUA, com os U$ 86 bilhões restantes entrando em vigor após um período de 21 dias.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse nesta terça-feira (4) que o país vai anunciar no domingo (9) medidas tarifárias e não tarifárias contra os Estados Unidos, em resposta à taxação americana de 25% sobre os produtos americanos.

Sheinbaum declarou que “ninguém ganha com essa decisão” e que não quer iniciar um confronto comercial, mas ressaltou que “não há justificativas” para as novas tarifas dos EUA.

Quais os produtos e países que Trump ameaçou tarifar até agora?



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