Na cidade de São Paulo, um evento realizado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP) reuniu especialistas para debater a integração da agenda climática e sustentável às finanças das empresas na manhã desta terça-feira (13).
O primeiro painel do evento, composto exclusivamente por executivas, abordou “por que o clima importa para o CFO”. A mesa inaugural esteve focada em discutir dilemas para o “c-level” ao lidar com integração entre planejamento financeiro e sustentabilidade.
Nesta mesa, Maria Belén Losada, superintendente de Produtos & Global Markets no Itaú BBA, defendeu que o clima já tem impacto real nas finanças das empresas. A executiva disse que é “estratégico” ao CFO, por exemplo, conhecer números sobre as emissões da sua companhia.
“A jornada começa com a mensuração de suas emissões […] É necessário medir a emissão e saber de onde vem. Isso é absolutamente estratégico, precisa ser muito bem feito, precisa ter nas mãos. Isso não é papo de sustentabilidade, o CFO precisa saber quanto custa esta redução adicional [das emissões]”, disse.
“O mercado de carbono não é uma lenda, o governo aprovou uma lei e ela vai acontecer”, completou.
Na sequência, um painel debateu a “gestão de riscos da nova economia”. Nesta discussão, Ana Lia Touso, Sócia de Sustentabilidade e Clima da Deloitte, recomendou que as empresas estabeleçam “prioridades” ao tratar de sustentabilidade e clima. “Ninguém conseguirá atacar todas as frentes”, disse.
“Agora, estamos em um momento em que as empresas precisam priorizar. A empresa precisa entender quais batalhas de sustentabilidade e clima fazem mais sentido. Esta prioridade vai ser a base para ter métricas e estabelecer metas”, disse à executiva na segunda discussão do encontro.
O evento, chamado de “Risco Climático, Compliance e Finanças Sustentáveis”, foi realizado pelo IBEF-SP, com apoio do Itaú BBA e patrocínio da Deloitte.
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