As expectativas para a inflação brasileira ao fim deste ano pararam de subir após 19 semanas seguidas de revisões para cima, mostraram dados do Boletim Focus publicados pelo Banco Central (BC), nesta quarta-feira (5).
A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou estacionada em 5,65%, acima do limite da meta perseguida pelo BC.
As expectativas para 2026 foram mantidas em 4,4%, a primeira pausa na elevação das expectativas em nove semanas.
A autoridade monetária persegue meta de 3%, com tolerância de 1,5 ponto para cima (4,5%) ou para baixo (1,5%).
O IPCA encerrou 2024 com alta de 4,83%, também acima do limite do BC.
Para 2027, o mercado vê a inflação em 4%, enquanto em 2028 a expectativa é pela alta de 3,75%.
Juros
Os analistas do mercado mantiveram a expectativa para os juros em 15% ao fim de 2025 e de 12,5% no próximo ano.
Foi a oitava semana seguida que o mercado segurou a previsão para a Selic deste ano, enquanto as previsões de 2026 se repetiram pela 5ª edição consecutiva.
A taxa básica de juros subiu a 13,25% ao ano em janeiro, em continuidade ao ciclo de alta dos juros deflagrado pelo BC em setembro do ano passado, quando os juros estavam estacionais em 10,5%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC volta a se reunir entre os dias 18 e 19 deste mês, com expectativa de nova elevação de 1 ponto percentual.
Para 2027, o mercado prevê a Selic em 10,5%, enquanto a previsão de 2028 é de 10% ao ano.
PIB
As instituições consultadas pelo BC também seguraram as expectativas para a expansão da economia brasileira neste e nos próximos anos.
Em 2025, a expectativa é de Produto Interno Bruto (PIB) de 2,01%. Já para 2026, a previsão ficou em 1,7%.
Para 2027 e 2028, as previsões são de alta de 2%.
Dólar
A previsão para o dólar ao fim de 2025 também se manteve em R$ 5,99, mesma expectativa da semana passada.
Para o ano que vem, o mercado enxerga a moeda norte-americana negociada em R$ 6.
Para 2027 e 2028, a projeção é de R$ 5,90.
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