A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou para baixo o crescimento da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) em 2025. Segundo o Boletim Macrofiscal divulgado nesta segunda-feira (19), o número saiu de 80,7% em fevereiro para 80,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em maio.
De acordo com a análise, a queda na projeção está relacionada à revisão para cima do PIB nominal, ao recuo nas estimativas de déficit primário e ao impacto das medidas de controle fiscal adotadas no primeiro quadrimestre. Segundo o texto, a expectativa é de um crescimento de 2,4% em 2025.
No fim do ano passado, o governo conseguiu aprovar um pacote de medidas de revisão fiscal que prometia uma economia de R$ 71 bilhões em dois anos.
Para 2025, a expectativa é de que o valor seria de R$ 30 bilhões, mas a equipe econômica diz que os valores são maiores e devem se tornar conhecidos no primeiro relatório de Receitas e Despesas, a ser divulgado no dia 22 de maio.
“Ademais, pode ter havido ajustes recentes por parte das Instituições quanto às expectativas em relação à duração e magnitude do ciclo contracionista da política monetária em 2025”, afirma o texto.
Em março, segundo dados oficiais do Banco Central, a dívida bruta estava em 75,9% do PIB. A melhora nas projeções inverte a trajetória de alta registrada entre maio e dezembro de 2024, quando a expectativa para a dívida havia subido de 80,1% para 82%.
Para os anos seguintes, o boletim aponta uma tendência de estabilização das projeções. A DBGG é estimada em 81,3% do PIB em 2026, 82,5% em 2027 e 83,7% em 2028.
Segundo a ata da reunião, publicada na semana passada, a expectativa é de que o aperto monetário ainda continue na próxima reunião, marcada para o mês que vem.
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