Gripe aviária: o que o Brasil faz para evitar novos casos?

Gripe aviária: o que o Brasil faz para evitar novos casos?

Na última sexta-feira (16), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), anunciou que detectou animais com o vírus da gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro, Rio Grande do Sul, o primeiro do tipo no país.

Um segundo caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) foi anunciado nesta segunda-feira (19). Este, porém, em cisnes silvestres, no município de Sapucaia do Sul (RS), a 60 km de distância de Montenegro.

Outras quatro ocorrências seguem sob investigação, enquanto três já foram descartadas pelas autoridades.

O governo federal vem tomando uma séria de medidas para evitar a propagação do vírus.

O vírus da gripe aviária não é novidade: ele já havia sido detectado em outras regiões do mundo, como Ásia, África e norte da Europa. No próprio Brasil, ele já havia sido identificado em aves silvestres e de subsistência.

O governo federal tem um protocolo de identificação e contenção do vírus, sob responsabilidade do Serviço Veterinário Oficial (SVO).

Após o alerta, o médico veterinário tem até 12 horas para se deslocar até a propriedade e iniciar a investigação. O trabalho inclui o recolhimento de amostras para análise e tipificação da influenza.

Após confirmação de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, o SVO declara um estado de emergência sanitária para a região.

Desta forma, fica proibida a entrada e saída de aves, suínos, animais domésticos, ovos, produtos, subprodutos, materiais, equipamentos ou qualquer insumo que possam espalhar o vírus.

As instalações, estruturas, materiais, equipamentos, e veículos usados na criação das aves devem ser limpos e desinfectados para garantir a eliminação do vírus. Para organizar as ações do SVO em função do risco de disseminação do vírus, serão delimitadas diferentes zonas da área ao redor do foco em:

  • zona perifocal (área contida num raio de 3 km a partir da propriedade de foco);
  • zona de vigilância (área contida num raio de 7 Km a partir dos 3 Km);
  • zona de proteção (área contida num raio de 15 Km a partir dos 7 Km),com diferentes ações em cada zona definida.

Para evitar a propagação do vírus, os animais doentes e até mesmo os aparentemente saudáveis são eliminados. Se o foco for em granja comercial, todas as aves no local são sacrificadas.

Na granja de Montenegro, mais de 17 mil aves foram sacrificadas.

Os ovos fertilizado estão sendo rastreados e destruídos para evitar contaminação. O governo do Paraná deve destruir 10 milhões de ovos de incubação. Já o governo de Minas Gerais, anunciou o descarte de 450 toneladas de ovos fecundados que vieram do Rio Grande do Sul.

Barreiras sanitárias

Neste último sábado (17), foram instaladas sete barreiras sanitárias em Montenegro.

A medida, implementada pelo Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), visa conter o foco de influenza aviária confirmado no município.

As barreiras operam em um raio de três e dez quilômetros do foco, com funcionamento 24 horas.

Além das barreiras sanitárias, o DDA deve realizar visitas a cerca de 540 propriedades rurais no raio de dez quilômetros do foco da influenza aviária. O Comando Ambiental da Brigada Militar apoia a operação, controlando veículos nas barreiras e realizando patrulhas na área dos perímetros.

Inspeções

Técnicos das equipes do Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul já inspecionaram 300 das 540 granjas mapeadas.

Os locais ficam em um raio de 10 km da cidade de Montenegro, onde foi identificado o primeiro caso. As ações pretendem a vigilância ativa para identificar novas suspeitas e também educar a população e os proprietários rurais.

O governo do Rio Grande do Sul declarou estado de emergência em saúde animal nesse sábado, conforme publicado no Diário Oficial do Estado.

O decreto, com validade de 60 dias, visa controlar os focos de influenza aviária de alta patogenicidade em municípios próximos ao raio de Montenegro.

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