O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (20) que a maioria das pautas econômicas em tramitação no Congresso Nacional é pacífica e que, portanto, avalia que os projetos não devem sofrer impasses durante a votação, como o programa do consignado privado.
A iniciativa do consignado privado foi instituída como medida provisória (MP). Logo, precisa ser aprovada pelos deputados e senadores para não perder validade.
“Tem projetos que são pouco polêmicos. O consignado é a extensão de um direito que já existe para aposentados e servidores públicos. Estamos estendendo esse direito aos profissionais celetistas. Não vi nenhuma manifestação contra esse projeto”, disse.
O chefe da pasta econômica destacou, porém, que o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha R$ 5 mil deve sofrer mais resistência durante a tramitação.
“Os outros projetos também, a maioria deles, são pacíficos. Uma coisa ou outra que precisa ajustar redação, mas não estou vendo. O [projeto do] Imposto de Renda, sim, vai exigir mais debate com a sociedade porque estamos mexendo em uma ferida histórica do Brasil, que é o fato dos super-ricos não pagarem imposto”, afirmou.
O ministro se reúne nesta quinta-feira (20) com a executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília.
Ao chegar na sede nacional do PT na capital federal, Haddad disse que pretende se reunir com os presidentes Davi Alcolumbre, do Senado Federal, e Hugo Motta, da Câmara dos Deputados, para definir os relatores das propostas.
Haddad já entregou a Hugo Motta e a Davi Alcolumbre as 25 prioridades da equipe econômica para 2025. Além da proposta que amplia a isenção do Imposto de Renda, também está na lista a reforma da previdência dos militares.
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