Os contratos futuros de ouro inverteram a alta observada mais cedo e passaram a cair, mas se mantiveram próximos aos níveis recordes.
A despeito da queda nesta segunda-feira (24) o metal segue se beneficiando de um dólar mais fraco, da crescente demanda dos bancos centrais e do temor de uma tarifa universal nos EUA, segundo analistas do Deutsche Bank.
O contrato de ouro para abril encerrou a sessão com queda de 0,2%, a US$ 3.015,6 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na máxima intraday, o metal atingiu US$ 3.038,4 a onça-troy.
Para o Deutsche Bank, o Banco Central da China está impulsionando a maior parte da demanda do metal dourado com 48% do total. Analistas do Morgan Stanley destacam que a incerteza tarifária está favorecendo a busca por refúgios seguros, como o ouro, com um aumento nos esforços para importar o metal dourado antes de uma possível tarifa de Donald Trump.
Desde o início do ano, o ouro acumula alta de 14%, e o Morgan Stanley acredita que ainda não atingiu o pico. O World Gold Council destacou que a disparada de US$ 2.500/oz para US$ 3.000/oz foi a mais rápida já registrada para um patamar relevante.
Entretanto, a crescente demanda bancária supera a queda no consumo global de joias, que deve atingir o nível mais baixo desde 1989 devido aos preços recordes. O Morgan Stanley aponta que pode ser necessário um período de estabilização de preços para que essa demanda volte a crescer, o que pode tornar o próximo rali mais lento.
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