O ouro voltou a ganhar força e renovou recorde de fechamento nesta segunda-feira (24) à medida que permanecem as tensões entre a Europa e os Estados Unidos desde o início das negociações de paz na guerra com a Ucrânia.
O metal dourado é impulsionado também pelos temores de imposição de novas taifas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Nesta segunda, o ouro para abril fechou com alta de 0,33%, a US$ 2.963,20 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
O metal preciso está desfrutando de sua mais longa sequência de ganhos semanais desde 2020, dizem os analistas da SP Angel, e os ETFs também estão aumentando suas participações em ouro.
Nesta segunda, líderes da Europa e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, visitaram a capital da Ucrânia para demonstrar apoio ao país no terceiro aniversário da guerra contra a Rússia.
A data acontece no momento em que a continuidade do apoio dos EUA, o principal financiador de Kiev no conflito, está em xeque por causa do governo Trump.
Além disso, o republicano assinou um memorando na última sexta-feira (21) orientando seu governo a avaliar a imposição de tarifas sobre parceiros comerciais que cobram impostos e regulamentações contra empresas americanas de tecnologia.
Assim, os contratos futuros de metal dourado se beneficiaram das tensões geopolíticas e comerciais, o que impulsiona a demanda por ativos porto-seguro – principalmente com os temores de que os EUA possam retirar seu apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia – afirma a ANZ Research.
“O apoio adicional vem também de um dólar americano mais suave, aumentando o apelo de segurança do ouro para os investidores”, acrescenta a ANZ.
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