Os preços do ouro saltaram mais de 3% e renovaram máxima histórica nesta quinta-feira, 10, impulsionados pela queda do dólar e pela guerra comercial, fatores que levaram os investidores a buscar a segurança no metal precioso.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do ouro para junho subiu 3,49%, fechando em US$ 3.177,50 por onça-troy. Na máxima, o metal dourado atingiu US$ 3.193,80.
Apesar da trégua temporária nas tarifas, o clima de incerteza continua nos mercados. Para Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities, a tensão decorre da expectativa de que a guerra comercial entre EUA e China vai se intensificar, o que deve prejudicar as duas maiores economias do mundo. Para a economista da Pimco Tiffany Wilding ainda há 50% de chance de recessão nos EUA.
“A escalada nos preços do ouro reflete esse ambiente de incerteza persistente. Dado o padrão de bandeira altista que identificamos semanas atrás, vejo espaço para o ouro buscar os US$ 3.300 por onça. É uma projeção plausível diante do comportamento recente dos mercados”, avaliou Christopher Lewis, da FXEmpire.
O dado de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos também teve pouco impacto no apetite por risco. O índice cheio caiu 0,1% em março, contrariando expectativas, e a taxa anual desacelerou a 2,4%. O núcleo do indicador recuou para 2,8%. Na visão de analistas, os efeitos das tarifas ainda não estão plenamente refletidos nos números.
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