À CNN, a diretora de infraestrutura, transição energética e mudanças climáticas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa, afirmou que o mercado brasileiro precisa de incentivos públicos para resolver os desafios do financiamento de projetos para a transição energética.
“O que temos agora é diferente da gestão anterior. A gestão anterior entendia que o mercado sozinho resolveria o problema de financiamento desses projetos mais desafiadores. A gente entende que não, que é um mundo mais complexo e que a gente precisa combinar diferentes recursos de liquidez”, disse.
Na avaliação da diretora, o investimento para esta categoria está aumentando e possui em 2025 uma agenda muito favorável, justamente pelo Brasil ser a sede da COP30 e os “olhos mundiais” estarem atentos às negociações no país.
Para Luciana, o montante deve ser custeado, majoritariamente, pelo setor privado, mas com incentivos públicos para a captação de projetos e o direcionamento das frentes.
“Cerca de 60%, 70% dos recursos para transição energética vão vir no mercado privado, mas esse dinheiro vai ter que ser combinado com dinheiro de fomento, com dinheiro concessional e um dinheiro que não está só no Brasil, dinheiro que a gente consegue mobilizar de capital internacional também”, disse.
“Nós conseguimos captar quase US$ 6 bilhões de diferentes fontes de como o Banco Mundial e bancos chineses. Então, estamos mobilizando com mais recursos”, finalizou.
Luciana Costa participou com representantes do BID do Brasil, Cargill e Citi Brasil do painel “Finanças Climáticas — a chave para a transição sustentável” no evento COP30 Business Forum, sediado em São Paulo, nesta sexta-feira (28).
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