O peso mexicano e o dólar canadense avançavam ante o dólar americano nesta terça-feira (4), em sessão marcada pela imposição de tarifas dos Estados Unidos de 25% aos produtos dos países vizinhos e ameaças de retaliação.
Por volta das 14h45, o peso mexicano avançava 0,74%, enquanto a divisa canadense tinha ganhos de 0,34%.
O dólar americano também perdia força diante de outros pares no exterior. O índice DXY, que compara a moeda americana com as divisas mais negociadas no mundo, tinha queda 0,52% no mesmo horário, aos 106.187 pontos – o menor valor desde 9 de dezembro de 2024.
Cada moeda tem um peso diferente no índice DXY, que tem a seguinte composição: Euro (57,6%), Iene (13,6%), Libra (11,9%), Dólar Canadense (9,1%), Coroa Sueca (4,2%) e Franco Suíço (3,6%).
Medidas tarifárias
As tarifas gerais de 25% impostas pelo governo Donald Trump sobre o México e o Canadá entraram em vigor nesta terça-feira (4). O presidente dos Estados Unidos também dobrou a tarifa sobre todas as importações chinesas de 10% para 20%. Essas taxas se somam às tarifas existentes sobre centenas de bilhões em produtos chineses.
A China anunciou tarifas retaliatórias que variam entre 10% a 15% sobre alguns produtos americanos, minutos após as medidas tarifárias de Trump entrarem em vigor.
Já o Canadá afirmou que a resposta virá em tarifas de 25% sobre U$ 20,8 bilhões em produtos importados dos EUA.
O México, por sua vez, deve anunciar as medidas tarifárias retaliatórias no domingo (9), segundo a presidente do país, Claudia Sheinbaum.
Dados dos EUA
A divulgação de dados recentes que mostram a fragilidade da atividade econômica nos EUA, mesmo com a inflação ainda elevada, preocupa o mercado. Neste cenário, os investidores procuram outros ativos de segurança aquém do dólar, como o ouro, o iene japonês e o franco suíço.
Os gastos com construção nos EUA caíram 0,2%, em janeiro, e o investimento em construção residencial caiu 0,4% no mesmo período, de acordo com dados do Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
O PMI industrial norte-americano recuou de 50,9 em janeiro para 50,3 no mês passado, segundo informações do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês).
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