Petróleo cai pelo dia seguido com foco em tarifas de Trump

Petróleo cai pelo 3º dia seguido com foco em tarifas de Trump

Os preços do petróleo caíam pelo terceiro dia nesta quarta-feira (5), com os investidores preocupados em relação aos planos da Opep+ de prosseguir com os aumentos de produção em abril, e às tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre Canadá, China e México, que aumentaram as tensões comerciais.

Os futuros do Brent caíam US$ 1,09, ou 1,53%, para US$ 69,95 por barril às 10h45 (horário de Brasília). O petróleo bruto dos EUA (WTI) recuava US$ 1,37, ou 2,01%, para US$ 66,89 o barril.

Os contratos foram negociados na véspera perto das mínimas de vários meses, pressionados pelas expectativas de que as tarifas dos EUA e as respostas tarifárias dos países afetados desacelerarão o crescimento econômico e reduzirão a demanda por combustíveis.

“A imposição de tarifas sobre China, Canadá e México pelos EUA provocou represálias rápidas de cada país, o que aumentou as preocupações com a desaceleração do crescimento econômico e o consequente impacto sobre a demanda de energia”, disse Ashley Kelty, analista da Panmure Liberum.

O Canadá e a China retaliaram imediatamente as tarifas de Trump na terça-feira, enquanto a presidente mexicana Claudia Sheinbaum disse que o país ainda responderia, sem dar detalhes.

Enquanto isso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), incluindo a Rússia, decidiram na segunda-feira aumentar a produção pela primeira vez desde 2022, pressionando ainda mais os preços do petróleo.

O grupo fará um pequeno aumento de 138.000 barris por dia (bpd) a partir de abril, a primeira etapa de aumentos mensais planejados para desfazer seus quase 6 milhões de bpd de cortes, o equivalente a quase 6% da demanda global.

“Há uma certa preocupação no mercado de que a decisão da Opep+ seja o início de uma série de mais acréscimos mensais de oferta, mas a declaração da Opep+ reitera uma abordagem de trazer de volta os barris somente se o mercado puder absorvê-los”, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo.

Analistas do Morgan Stanley Research disseram que era possível que a Opep+ realizasse apenas alguns aumentos mensais, em vez de desfazer totalmente os cortes.

O governo Trump também disse na terça-feira que estava encerrando uma licença que os EUA concederam à produtora de petróleo norte-americana Chevron desde 2022 para operar na Venezuela e exportar petróleo.

A decisão coloca em risco 200.000 bpd de fornecimento, escreveram os estrategistas de commodities do ING em nota na quarta-feira.

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