Os preços dos aluguéis residenciais acumularam alta de 2,04% no primeiro bimestre deste ano, de acordo com dados do Índice FipeZAP de Locação Residencial.
Esse número foi maior que a inflação oficial observada no mesmo período.
Nos dois primeiros meses de 2025, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve avanço de 1,47%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A variação no valor da locação foi vista em 34 das 35 cidades monitoradas pela pesquisa, que acompanha o preço médio em anúncios na internet.
Já em fevereiro, o levantamento registrou elevação de 1,07% no aluguel residencial, nova aceleração em relação às variações de dezembro e janeiro, que avançaram 0,93% e 0,96%, respectivamente.
Os imóveis que possuem quatro ou mais dormitórios apresentaram valorização de 1,58%, em contraste com avanço de 1,02% das unidades com um dormitório.
Em média, o preço do aluguel foi de R$ 47,47/m² no país.
A economista do DataZAP, Paula Reis, justificou a nova aceleração no mês de fevereiro com a alta demanda e baixa oferta de imóveis.
Apesar da alta mês a mês, o histórico mostra perda de força ante os anos anteriores.
“As variações mensais observadas em 2025 são inferiores às verificadas nos mesmos meses de 2024, 2023 e 2022, o que nos indica, até o momento, a continuidade da desaceleração do reajuste do preço dos aluguéis”, pontuou.
Entre as localidades, a cidade de São Paulo liderou a pesquisa como a mais cara, a R$ 59,19/m², seguida por Recife (PE) e Belém (PA).
Para o ano, a economista do DataZAP cita que a performance do mercado de vendas, que deve perder força com a elevação do custo de crédito associado ao aumento da Selic e da redução dos recursos da poupança, deve pressionar para cima o preço de aluguéis.
Segundo ela, esse fator pode impulsionar o mercado de locação, já que muitas famílias, ao adiarem a compra de imóveis, podem optar pelo aluguel.
Redes sociais levam 92% das pessoas a comprarem itens vintage
*sob supervisão de Gabriel Bosa.
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