A SLC Agrícola, empresa do setor agrícola, anunciou um prejuízo de R$ 51 milhões no quarto trimestre de 2024. Apesar do resultado negativo, o valor representa uma redução de 66% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Aurélio Pavinato, CEO da empresa, explicou que o resultado trimestral ficou dentro das expectativas, já que o quarto trimestre é um período sem colheitas, apenas com entrega da produção colhida anteriormente.
“Nós sempre temos que analisar o nosso negócio na visão do ano civil completo”, afirmou Pavinato.
Considerando o ano de 2024 integralmente, a SLC Agrícola apresentou um desempenho positivo, mesmo enfrentando uma forte seca no Mato Grosso que afetou a produtividade da soja.
A empresa registrou uma receita próxima a R$ 7 bilhões, um Ebitda de R$ 2 bilhões, com margem Ebitda em torno de 30%, e um lucro de aproximadamente R$ 500 milhões.
Pavinato destacou que a empresa tem buscado mitigar os riscos climáticos através da diversificação geográfica. Atualmente, a SLC Agrícola planta em 730 mil hectares, distribuídos em 23 fazendas em sete estados do cerrado brasileiro.
Esta estratégia tem proporcionado maior estabilidade na produtividade.
Para a safra 2024-2025, mesmo com atrasos no plantio em outubro, a empresa está otimista.
“Nós estamos fechando em 67 sacos por hectare de média da empresa a safra atual”, informou o CEO.
Quanto ao cenário internacional, Pavinato vê oportunidades para o Brasil em meio às disputas comerciais globais. Ele acredita que o país pode se fortalecer como um produtor e fornecedor confiável de alimentos, especialmente para mercados asiáticos em crescimento.
A SLC Agrícola, como empresa exportadora, vê o cenário atual como favorável. O CEO ressaltou que o Brasil já ultrapassou os Estados Unidos nas exportações de soja e está se consolidando como principal exportador de algodão.
A empresa anunciou recentemente a aquisição da Sierentz, um negócio focado em produção via arrendamento.
Esta movimentação faz parte da estratégia da SLC Agrícola de buscar um equilíbrio entre terras próprias e arrendadas, visando maior retorno para os acionistas e facilitando a expansão da área plantada.
Com esta aquisição, a área plantada da empresa passará de 731 mil hectares para 831 mil hectares na próxima safra.
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