Os mercados têm à disposição um mecanismo para evitar quedas bruscas nas bolsas, como as que ocorrem nesta segunda-feira (7): o circuit breaker.
A ferramente é acionada em momentos de alta volatilidade, em que a maior aversão ao risco dos investidores faz com que os principais índices acionários despenquem. Quando o circuit breaker é utilizado, as negociações são interrompidas por tempo determinado. O período de intervalo varia de acordo com o impacto da queda naquele momento.
No caso do Brasil, por exemplo, as negociações são interrompidas quando o índice acionário referência do mercado, o Ibovespa, sofre baixas a partir de 10%. Neste caso, o intervalo é de 30 minutos. Quando a queda é superior a 20%, a B3 pode determinar a suspensão da negociação por um período que ela define, e o mercado é comunicado pelos canais oficiais da bolsa brasileira.
Tarifaço de Trump
Os temores das consequências da política tarifária de Donald Trump fez com que o circuit breaker fosse acionado em 2 dos principais mercados acionários da Ásia: em Taiwan e no Japão.
No primeiro, o índice acionário Taiex, o principal do país, despencou 9,7%. Quase todas as ações taiwanesas, incluindo TSMC e Foxconn, duas das potências exportadoras mais conhecidas da ilha, levaram ao circuit breaker.
Já no segundo caso, o índice japonês Nikkeu recuou 7,7%, com destaque para a queda de mais de 10% da ação da gigante de tecnologia Sony.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve a maior queda diária desde a guerra comercial de 1997, ao cair 13,22%.
Os países asiáticos estão entre os mais afetados pelo tarifaço de Trump, e as possíveis mudanças no comércio internacional e a expectativa de recessão nos Estados Unidos contribuíram para as bruscas quedas desta segunda-feira (7).
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