O líder chinês, Xi Jinping, visitará o Vietnã, a Malásia e o Camboja na próxima semana, logo após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter imposto aos países do Sudeste Asiático algumas de suas maiores tarifas “recíprocas”.
Xi visitará os três países entre 14 e 18 de abril, informou o Ministério das Relações Exteriores da China na sexta-feira (11). O Ministério ainda não divulgou um cronograma detalhado para a primeira viagem de Xi ao exterior em 2025.
Na semana passada, Trump disse que imporia uma tarifa “recíproca” de 46% ao Vietnã, uma tarifa de 49% ao Camboja e uma de 24% à Malásia — antes de anunciar na quarta-feira que suspenderia essas tarifas por 90 dias.
Devido à metodologia rudimentar utilizada para calcular as tarifas “recíprocas”, Vietnã e Camboja estavam enfrentando algumas das taxas mais altas, já que possuem grandes superávits comerciais com os EUA.
Especialistas afirmam que as tarifas planejadas poderiam ter desferido um duro golpe para esses dois países, ambos fabricantes de longa data de vestuário e calçados para consumidores americanos.
Nos últimos anos — após as tarifas impostas à China durante o primeiro mandato de Trump — as marcas internacionais têm transferido cada vez mais a produção para países próximos, como o Vietnã, para aproveitar os menores custos de mão de obra e evitar a crescente tensão geopolítica entre China e EUA.
A China tem buscado ativamente parceiros comerciais, promovendo sua adesão ao livre comércio, enquanto o governo Trump ameaça alguns de seus aliados mais próximos com tarifas.
Tarifas “recíprocas” de Trump não são o que parecem; entenda
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